quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Cotrirosa comemorou 40 anos buscando a modernização

No dia 29 de junho deste ano, a Cooperativa Tríticola Santa Rosa Ltda. – Cotrirosa completou 40 anos de fundação. No início, eram apenas 77 sócios. Hoje são aproximadamente cinco mil e 400 associados em 12 municípios da região de Santa Rosa. Para comemorar o aniversário, foi realizada uma grande festa onde foram sorteados vários prêmios. Mas também este foi um marco para uma nova etapa da expansão da cooperativa.

Com um investimento de 1,5 milhões de reais, está sendo construído um grande supermercado no centro de Santa Rosa. Com previsão de término para novembro deste ano, o empreendimento está localizado numa área de dois mil 282 metros quadrados, incluindo amplo estacionamento coberto.

Mas não é novidade o investimento nesse segmento por parte da Cotrirosa. Nos 12 municípios em que a cooperativa está presente, serão 18 supermercados. Somente em Santa Rosa há dois em funcionamento e em Santo Cristo são mais três: um na cidade e outros dois em comunidades rurais.

Em 1968, a proposta da Cotrirosa era uma assistência mútua em torno dos associados para obter um melhor rendimento nas culturas de soja e trigo. Porém, o ponto forte não é mais o beneficiamento do grão. Com a expansão agrícola para o Centro-Oeste, ficou muito caro para o pequeno agricultor depender destas modalidades. Sabendo disto, buscou-se modernizar as instalações. Hoje, o principal foco da região mudou para o leite e os suínos. E a maior parte da produção de milho é destinada pelo próprio produtor para a ração dos animais.

Portanto, desde 1999 funciona a Agroindústria da Cotrirosa. Neste empreendimento, são beneficiados os grãos de trigo e milho para fazer farinhas, além de outros produtos. Possui também laboratórios para análise de sementes, crédito agrícola, sistema de produção e troca de sementes, insumos, entre outros.

Segundo o presidente Pedro Primo Paulo Barili, a principal meta da Cotrirosa é buscar a estabilidade e a confiança junto ao pequeno produtor rural. O associado tem que estar seguro de que vai receber imediatamente sobre o produto que ele depositou na cooperativa. “Nós pagamos o produtor assim que a soja é faturada”, garante Barili. Para isso, têm de se buscar o melhor preço para os produtos, além de ter uma linha de crédito para o agricultor. “Se nós não pagarmos no dia, a confiança quebra e todo o resto desaba junto”, afirma o presidente Pedro Barili.

Texto para a cadeira Jornalismo Especializado, em setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O interesse público por economia está aumentando,

O jornalista Sérgio Bueno afirmou que o interesse público pelo jornalismo especializado em economia está aumentando. O correspondente do Valor Econômico no Estado concedeu entrevista coletiva aos alunos da cadeira de Jornalismo Especializado na noite de 26 de agosto, na Famecos.

Segundo Bueno, os jovens estão se interessando cada vez mais cedo pela Bolsa de Valores. Portanto, é o público leitor que mais cresce neste segmento. Ele percebe isto através de contatos com fontes e em alguns cursos de investimento no mercado de capitais. "Em uma turma que eu acompanhei para uma matéria, tinha um aluno com 13 anos de idade", garante.

Bueno trabalha em Porto Alegre, mas seus chefes estão em São Paulo. Como correspondente local de um jornal de circulação nacional, ele tem de trabalhar sozinho. Há algumas vantagens, como trabalhar em casa e ter poucas pautas diárias. Porém "por ser especializado, há a responsabilidade de se aprofundar mais nas reportagens", conclui.

Deve-se ter muita atenção também com a precisão da informação. Repetindo o mantra: "Checar as fontes é fundamental", Bueno diz que uma matéria pode levantar uma empresa ou decretar sua falência. Para ele, o mercado de capitais vive de expectativas. Além disto, "o foco da cobertura econômica está sempre voltado para a tendência". Isto quer dizer que toda a notícia quer prever o que pode acontecer no mercado em determinado setor. É a forma que a publicação impressa encontrou de se adaptar ao mercado, pois não consegue acompanhar os fatos em tempo real.

Em geral, sua jornada diária de trabalho é tranqüila. "Acordo às oito horas da manhã, leio os jornais durante o café e então vou ver meus e-mails e ver alguns sites." No máximo até as 19h30min acaba o tempo para entregar as pautas, dependendo da editoria. Exceto quando acontece algo urgente à noite. Nestes casos, não há hora exata para fechar a edição.

Contudo, Bueno vive uma dificuldade em tempos de eleições. Ele é casado com a deputada federal e candidata à prefeitura de Porto Alegre Luciana Genro. Logo seu sogro é o Ministro da Justiça Tarso Genro. Assim, a cobertura política cabível a ele fica muito restrita: "Nas eleições para governador do RS em 2002 eu me ausentei de Porto Alegre". Naquela época, um dos candidatos era justamente seu sogro. No último fim-de-semana, diz Bueno, "tive sorte de ele estar em Brasília, devido ao escândalo da ABIN", referindo-se ao sogro e atual Ministro da Justiça.

Texto para a caderia Jornalismo Especializado