sexta-feira, 30 de maio de 2008

Protestando o que?

Agora mesmo, minutos atrás, fui ao banco e ao sair, me deparo com um protesto de médicos e enfermeiros reclamando por melhores condições e mais recursos para o SUS. Aqui na Borges, volta e meia tem uma passeata dessas. Ora o MST querendo terras, ora o MTD querendo trabalho, ora produtores rurais querendo um preço melhor para a sua produção. Aí eu pergunto: por que ninguém faz um protesto destes pela redução da carga tributária? Porque ninguém faz um movimento contra a corrupção?
Às vezes acho que o povo brasileiro merece viver nessa merda. Merda mesmo, e para reafirmar, somos todos uns bostas. Vemos as notícias nos jornais, na televisão, ouvimos nos rádios, ficamos indignados, eu acho. Mas fazer alguma coisa ninguém faz. Acabaram com a CPMF e agora o governo quer criar a CSS. Apesar dos recordes de arrecadação fiscal. Quem protestou? Somente a oposição. Os jornais dizem, a opinião pública é contra o aumento dos impostos. Essa opinião pública são na verdade empresários fazendo pressão contra. Pelo menos eles fazem alguma coisa. Interesse próprio, é claro. Parece que é só isso que importa neste país de preguiçosos. O interesse próprio. É por isso que há tantos corruptos na política brasileira. Eles estão ganhando o deles, e ninguém se importa. Escândalos e mais escândalos brotam a cada dia, mas ninguém protesta quanto a isso. Mas quando a mídia põe no ar o caso do pai que matou a filha, aí sim, todos ficam putos.
Todos querem mudar de vida, mas juro que se estivessem no lugar de um político corrupto, fariam o mesmo. Afinal, não diz aquele ditado que a ocasião faz o ladrão?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

E o futuro?

E ontem a Marina Silva pediu demissão do cargo de ministra do meio-ambiente. As razões todos devem saber. Faz tempo que ela não tem voz no governo Lula. Ainda mais depois da nomeação de Reinold Stephanes para o Ministério da Agricultura. Com a adoção do lema "desenvolvimento a qualquer preço", a ecologia foi deixada totalmente de lado. A Amazônia que se foda. Ontem mesmo foi aprovada no congresso uma medida provisória que legaliza a devastação da grande floresta.
Quando o mundo inteiro pede por soluções para conservar o que resta de recursos naturais, aqui no Brasil se faz o contrário. E não pensem que aqui no Rio Grande do Sul o politicamente correto sai por cima. Vejo a RBS condenando essas ações, mas ela mesma apóia ações de grupos como a Aracruz Celulose. De que adianta uma planta de 5 bilhões de reais em investimentos, que só trará lucros para essa empresa e por pouco tempo? Plantar eucalipto é suicídio ecológico. Além de levar em média 20 anos para chegar ao tamanho ideal para o corte, ele seca toda a área em volta. O terreno vira um deserto. Já existem estudos em outros países que comprovam que plantações de eucaliptos acabaram até mesmo com lençóis freáticos subterrâneos. O que dá pouco rendimento agora pode significar pobreza daqui a 30 anos. É bom se precaver.
Na minha opinião, só a pressão internacional pode acabar com isso. Quando a imagem do Lula começar a cair lá fora por causa de ações como essas, aí sim eu quero ver.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Modais de Transporte no RS - áudio

Reportagem especial feita para a cadeira Radiojornalismo III.

boomp3.com

A internet potencializa as matérias do impresso

Para os jornalistas da Zero Hora Pedro Dias Lopes, Rosane Tremea e Carlos Etchichury, a internet potencializa as matérias do jornal. Na entrevista coletiva realizada na Puc, o novo momento do jornalismo foi o tema central da conversa realizada na semana passada.

Para o editor da Zerohora.com Pedro Dias Lopes, o diário tende a ficar mais analítico, enquanto a versão online mais factual. Porém, um infográfico interativo é um recurso da web que ajuda a entender o texto do jornal. Neste sentido, compreende-se porque nenhum site sustenta-se sozinho.

Uma das dificuldades da internet é a moderação dos comentários. Rosane Tremea, editora da página e de interior, explica que as pessoas são muito agressivas na repercussão dos fatos. Mas a questão mais problemática é não ter um tempo limite para fechar a edição pois há fatos novos a todo o instante.

Interesse político não existe

Uma polêmica recorrente são os interesses políticos por trás de uma companhia de comunicação. Há nove anos na Zero Hora, Etchichury garante que não há sentimento pró ou contra o governo dentro da empresa. A campanha do trânsito é um caso editorial, pois são divulgadas muitas notícias sobre acidentes.

O repórter também conta que é normal escrever contra à vontade. Os enfoques são definidos pelos editores. Há diversos ideais dentro da redação, e a publicação é a síntese das discussões e brigas internas. Contudo, são os editorialistas registram a opinião da empresa, o que requer muita habilidade.

Um consenso entre todos é de que não existe o repórter multimídia, pois não se pode obrigar alguém a fazer o que não sabe. Além disso, é prejudicial à pauta. Contudo, é bom saber de tudo um pouco para optar pelo melhor recurso sempre com o objetivo de informar melhor.

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Da cadeira Redação Jornalística, com o professor Leonan