quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O Cume

É velha, mas é como o Chaves, não perde a graça.

Leia em voz alta

O Cume

No alto daquela serra
Semeei uma roseira
O mato no Cume arde
A rosa no Cume cheira

Quando cai a chuva grossa
A água o Cume desce
O orvalho no Cume brilha
O mato no Cume cresce

Mas logo que a chuva cessa
Ao Cume volta alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no Cume ardia

E quando chega o Verão
E tudo no Cume seca
O vento o Cume limpa
E o Cume fica careca

Ao subir a linda serra
Vê-se o Cume aparecendo
Mas começando a descer
O Cume se vai escondendo

Quando cai a chuva fria
Salpicos no Cume caem
Abelhas no Cume picam
Lagartos do Cume saem

À hora crepuscular
Tudo no Cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no Cume aparece


E quando vem o Inverno
A neve no Cume cai
O Cume fica tapado
E ao Cume ninguém vai

Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do Cume cai
E todos ao Cume vão

Nenhum comentário: