sexta-feira, 28 de março de 2008

Anos 70

Freqüentemente, o blog Jacaré Banguela tem um post com o título "coisas me fazem ter vontade de ter vivido os anos 70". Geralmente, fala sobre uma banda daquela época. Como legítimo fã do Rock and Roll e suas vertentes, andei pensando nisso. Literalmente. Pensei nisso enquanto caminhava em direção à minha casa de volta da faculdade. Resolvi extender essa expressão para "bandas que me fazem ter vondade de ter vivido na Inglaterra dos anos 70". Sim, porque as melhores bandas de rock dos anos 60 e 70 eram inglesas. Ou a maioria delas. É pelas lendárias bandas inglesas que sinto uma nostalgia desta época que não vivi. Se tivesse nascido em 1950, em 65 teria 15 anos e os Beatles estariam estourando, assim como Rolling Stones e The Who. Aos 18 anos, os então "Fab Four" estariam no auge com a turnê do Sargent Peppers. E em 69 o Who lançaria Tommy. A partir daí, veria o Pink Floyd lançar The Dark Side of the Moon e anos após The Wall. Led Zeppelin entraria em cena com seus fabulosos álbuns sem nome. Ozzy Osbourne e o Black Sabbath, que em 79 foi passado ao comando de Ronnie James Dio. Deep Purple também fez história nessa época. E a partir da metade da década, surgiu a cena punk. Sex Pistols foi o começo, mas quem virou lenda de verdade foi o The Clash. Os norte-americanos sempre tiveram bandas do mesmo nível, como Kiss e Rush, apesar desta última ser canadense. The Doors nem se fala. Os Ramones fizeram a sua também na cena punk nova-iorquina a partir de 77, mas sempre tocando do CBGB's.
Foi uma década mágica. Quando alguém queria ser "legal", escutava rock. E quem não queria também. Foi um tempo que a juventude quis se afirmar, se tornar "independente" dos pais. E através dos sons desses anos, surgiram outros estilos musicais, como o dance e o hip-hop. Sons de quem queria se libertar. De lá para cá, pouca coisa nova foi criada. Foi praticamente o último lance de criatividade que o rock teve. Só nos anos 90 que saiu algo diferente, desta vez nos EUA. Mais precisamente em Seattle. Os britânicos também reinventaram um pouco, mas em menor escala. E o que existe hoje, as bandas desta "nova geração", ou copiam bandas de antigamente, ou misturam sons já existentes, quase como dj's.

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