sexta-feira, 28 de março de 2008

Heróis

O que é um herói? Segundo as histórias em quadrinhos, é alguém com super-poderes, que os usa para praticar o bem, combatendo incríveis vilões. Ou então usa alguma vantagem, financeira, por exemplo, para acabar com o crime de uma cidade. Super-homem, Batman, X-Men, Homem-Aranha. São muitos. Todos eles têm seus arqui-inimigos. Lex Luthor, Coringa, Magneto, Duende-Verde. Todos os dias, ou em todos os episódios ou números da revista, salvam o mundo de um desastre, de uma tragédia. Na versão mais popular ou real do heroísmo, herói é aquele que faz algo pelos outros, um benfeitor. Que doa um pouco do que tem para uma instituição de caridade. Existem alguns que montam a sua própria. Algumas são famosas, como a Gol de Letra, dos ex-jogadores de futebol Raí e Leonardo. E também o Instituto Ronaldinho Gaúcho. Bilionários investem em pesquisas científicas e ou médicas. É o caso de Bill Gates. Aliás, o ex-poderoso chefão da Microsoft decidiu doar praticamente toda a sua fortuna de mais de 40 bilhões de dólares. Vai ficar com somente dois bilhõezinhos. Porém, o verdadeiro herói é aquele que consegue sobreviver em meio a condições totalmente adversas. No Brasil existem dezenas de milhões. Ouso afirmar que são mais de cem milhões. Heróis de verdade, que vivem e se desdobram com apenas um salário-mínimo. Fazem gato e sapato, arranjam bicos. Mas se viram. E no final do mês, começa tudo outra vez. Para muitos, a vida inteira. E na terça-feira, nos três primeiros meses do ano, ainda se grudam na frente da TV para assistir àquele cara que um dia foi um dos melhores jornalistas deste país dizer que os heróis estão enclausurados dentro da casa mais vigiada do Brasil. E o que é mais absurdo: acreditam nele. São pessoas que não fazem nada, nunca fizeram e nunca virão a fazer. E os verdadeiros heróis não percebem a maldade que fazem com eles. Estão em casa, na frente da TV, hipnotizados. Enfim, esse é o mundo, amanhã ele continua e eu volto semana que vem.

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